Fiufiú era um gatinho de pelo
totalmente branquinho, olhos azuis e cheio de peraltices.Como todo gato nos
primeiros meses de vida, não parava quieto, corria atrás de qualquer coisa
rasteira que se mexia. Vivia confinado num apartamento no subúrbio de uma
cidade barulhenta. Quando subia na janela para ver o mundo, seus olhinhos
brilhavam, era o que conhecia: carros, motos gente transitando, aqui ali, um
cachorro. Como intuitivamente tinha medo daquele mostrengo!
Certo
dia, viu-se dentro de uma gaiola, sua
dona falava coisas que ele não entendia, sabia que era com ele, por causa dela
falar seu nome pensou: “será novamente aquela espetada dolorida no seu
corpinho?’”, As vacinas que ele tomava., Não!!! Aquela viagem era mais longa,
demorada. Era uma mudança de residência.
Ah,
aquilo sim era uma moradia boa, uma casa com um quintal enorme, cheio de
árvores, gramado e perto dali, uma pequena mata cheia de arbusto. Fiufiú observou tudo aquilo quando
desceu do carro e saiu da gaiola, mas ficou triste porque ficou preso em casa,
queria mesmo era correr e fazer peraltices naquele imenso quintal.
Fiufiú, ouvia
latidos na vizinhança, se assustava e pensava: “Não aqui também esses
mostrengos ameaçadores?! Olha pela janela da sala e avista no quintal vizinho
um baita Pitibul e mais outro cão vira-lata, pareciam ferozes e eram.Como fazer
para dar uma ´escapadinha”e não ser visto por os vizinhos indesejáveis?
Pensando consigo, no primeiro descuido da dona da casa,
iria dar um passeio, mas um passeio silencioso, sem miado, se não, até porque
ele como gato, queria mesmo era subir nas árvores, no muro sem ser visto. Assim
aconteceu... Nos primeiros dias de casa nova, era uma prisão, depois a sua dona
relaxou, o deixando passear na sacada, depois no quintal, mas Fiúfiu queria
mesmo era subir nas árvores, era mais interessante.
Assim o fez... No final da tarde, quando tudo era silêncio,
os vizinhos dormiam, ela com jeitinho foi subindo galho sobre galho, achou
pouco, pulou para fora do quintal, nas outras árvores da pequena floresta,
subiu, subiu e não soube descer, pensou:
vai ser o meu fim se eu miar, chorar, os mostrengos me atacam, espero
que minha dona dê falta de mim” . Passou a noite toda naquele frio, nem dormiu
,incomodado apenas cochilava, tomou um
susto quando ouviu os latidos
vindo do quintal do inimigo e vozes o chamando.
Fiufiú, foi salvo, com maior trabalho de resgate por dois
meninos a pedido da Dona. Naquele dia , ele comeu , bebeu e dormiu quietinho
como nunca, por horas a fio dentro da
sua caminha no aconchego da casa. Ufa,
foi um grande susto, será que ele aprendeu a lição?
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