Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

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Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

domingo, 28 de outubro de 2012

O sabão (série grandes poetas brasileiros)


O SABÃO



Azeite e água brigaram

Certa vez numa vasilha,

Vai tapona, vem tabefe,

Luta velha ali fervilha.

Eis então, a apaziguá-los,

A potassa se apressou,

Todos três se combinaram

E o sabão daí datou.
 

Monteiro Lobato:
nasceu em Taubaté, SP em 1882 e faleceu em 1948.
Considerado o pai da literatura infantil brasileira.

sábado, 20 de outubro de 2012

A boneca (série grandes poetas brasileiros)





A Boneca

Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
 

Dizia a primeira: "É minha!"
— "É minha!" a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largavam
.

Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.









E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca ...

 
 
Olavo Bilac
nasceu  no Rio de Janeiro no dia 16 de dezembro de 1885 e faleceu dia 28 de dezembro 1918.
Grande jornalista brasileiro, escreveu a letra do hino da bandeira.

 

domingo, 14 de outubro de 2012

Meus oito anos(Série: grandes poetas brasileiros)



                            Meus oito anos

Oh que saudade que eu tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras

A sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias

Do despontar da existência!

Respira a alma inocência

Como o perfume da flor:

O mar é  lago sereno,

O céu Um manto azulado,

O mundo um sonho dourado,

A vida um hino de amor!

Que auroras, que sol, que vida,

Que noite de melodia

Naquela doce alegria,

Naquele ingênuo folgar,

O céu bordado de estrelas

A terra de aromas cheia,

As ondas beijando a areia

E a lua beijando o mar!

Oh ! Dias da minha infância!

Oh meu céu de primavera!

Que doce a vida era

Nessa risonha manhã!

Em vez de mágoas de agora,

Eu tinha nessas delícias

Da minha mãe as carícias

E beijos da minha irmã!

 

Livre filho das montanhas

Eu ia bem satisfeito,

De camisa aberta ao peito,

Pés descalços, braços nus

Correndo pelas campinas

À roda das cachoeiras,

Atrás das asas ligeiras

Das borboletas azuis!

 Naqueles tempos ditosos

Ia colher as pitangas,

Trepava a tirar as mangas

Brincava à beira do mar:

Rezava às Ave-Marias,

Achava o céu sempre lindo,

Adormecia sorrindo

E despertava a cantar!

Oh que saudades  que eu tenho...

Cassimiro de Abreu, nasceu em Barra de S. João, RJ, em1839 e faleceu em 1860.

 

 

 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MENSAGEM DA CRIANÇA





Mensagem da Criança
 
Dizes que sou o futuro.
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz:
Não me induzas a guerra.
Dizes que sou a promessa do bem:
Não me confies ao mal.
Ensina-me o trabalho e a humildade,
O desolamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me
Para que eu seja bom e justo.
Corrija-me enquanto é tempo,
Ainda que eu sofra...
Ajuda-me hoje para que amanhã
Eu não te faça chorar.
 
                       Desconheço o autor

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Banho de chuva



  

Quem não gosta de um banho de chuva?
Chuva de verão, banhar o  corpo e alma
Correr, pular, escancarar a boca para o alto
É tão bom, chutar poças d’água.
 
Para que fugir dela?
Não tomamos banho de mar?
Não em tempestade ventosa
Ou em chuva  ácida, poluída.
Deixa a chuva  molhar ,
Escorregar pelos cabelos...
Não tenhas medo,
Experimente, é bom!
 

   Dora Duarte
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