Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

Coisas de Criança é...Brincar
Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Notícias chatas e engraçadas deste Natal

Coisa curiosa... Aconteceu aqui no bairro de S João Batista na grande Florianópolis, lugar pacato, bem no começo de dezembro, arrombaram a casa de papai Noel. Os ladrões dvistruíram vários enfeites , balas, doces , muitos ursinhos de pelúcia ,escultura de papai Noel. Na pista dos ladrões, a policía localizou   um, bem sossegado, dormindo num sono traquilo abraçado com  um ursinho, fruto do seu roubo noturno.Que ladrões safados e originais!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Crianças da APAM encenando (Missão da estrela)







O Elizeu o menino mais travesso que não fica quieto um instante, foi S José comportadíssimo e de mãos postas
Crianças nos surpreende com cada uma...
Sara:"posso ser dona Maria, deixa eu ser dona Maria?"E foi Maria

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pedido de Natal


Querido Jesus,

Nasceste em Belém

Muito longe daqui

Foste pobre também



Jesus pequenino

Filho da Virgem Maria

Peço que não deixe faltar

O nosso pão de cada dia



O que ganhei até hoje

De presente foi um nome

Sou rebento da miséria

Sou uma criança com fome


Ei!

Jesus

Meninoo

Escute dai

Peço-te dê um toque

Ao coração do irmão

Quero  um presente especiaL
Barriga
 cheinha
Roupa
 limpinha
Na Noite de Natal



Dora Duarte








segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Socorro tem uma bruxa no meu sofá


Esta foi uma criatura que eu criei,A Bruxalda, assusta, mas é uma bruxa do bem, só faz folia nas creches querendo roubar beijos das crianças. O pior que ela se acha linda, mesmo com um só dente na boca e os olhos esbugalhados.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Atendendo pedidos...Meus bonecos(contação de história)

              O boneco mamulengo Igor e o boi Damareias(minhas criações)


Cidorinha antes....
 Cidorinha( A primeira, antes tão feia por causa da"mágica da bruxa", agora o feitiço desfeito.
            Claudete a criadora da Cidorinha"A bruxa-fada"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O LANÇAMENTO....

                                                     "Coisas de Criança"



Sempre tive vontade de reunir meus amigos mais antigos com os mais novos, alguns anos atrás numa grande festa(sonhava) .A princípio seria um baile com um tema de época. Achava um sonho quase impossível e não é que consegui! De outra maneira, no lançamento do meu livro "Coisas de Criança" . Foi tamanha a minha emoção, não sabia se chorava ou ria ,de ver até membros da minha família que não via há anos, amigos então... Daqueles verdadeiros que nem o tempo e nem a distância defez a amizade sólida .

O que é o que é que tem doces, salgados, bolo confeitados, mesas decoradas, balões de festa, convidados e não é aniversário de criança? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!!!


"COISAS DE CRIANÇA"!!!


Prepararam uma festa e tanto. Combinaram de cada um trazer um prato como se fosse festa de aniversário infantil...


A cada hora que passava, lá vinha mais surpresas. Ganhei dois arranjos de flores do meu filho, com um cartão escrito a mais bela declaração de amor de um filho para a mãe...


Havia faltado energia, quase não deu para passar o PPS em homenagem à todas crianças que participaram da história, mas enfim ela voltou e deu...


Surpresa maior, veio a "madrinha" do livro Coisas de Criança, A escritora e poetisa Anne Lieri, com o seu esposo Carlos Klenquem , que na realidade é o palhaço Cartuchinho(nunca tinha conhecido um de perto de cara lavada) A Anne também é escritora infantil,autora do livro infantil " A menina voadora" e " A menina voadora na escola",dona de uma sensibilidade fora-de série, faz trabalhos maravilhosos com a poesia infantil, sua rima e construção dos versos coloridos, são de uma beleza singular .


Entre choros de emoção, risos, brincadeiras e comilança, finalizou o lançamento, ou não?


Que nada! No dia seguinte a muvuca continuou no barzinho da mana Salete com uma bela churrascada, churrasqueijo,salmão assado, lasanha... Cerveja e refrigerante, regandos a alegria. Reunida novamente a mesma família, aquela que um dia convivi durante muitos anos , porém tive que seguir em frente, a vida é assim mesmo, é o preço que paguei para ir atrás daquilo que mais amo...INSPIRAÇÂO PARA ESCREVER, claro e qualidade de vida.
 Dora Duarte
 
O começo...



..
 
          As primeiras crianças...
 
 

                                                             A família...


As manas...As manas...
                                                               Os Amigos...                                                               




O momento...
                                             Meu eterno menino de asas, Ric, o filhão.

                                             Os autógrafos  ...
                            
                                          Minha amiga escritora Anne Lieri 






Meu amado filho

O bolo...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Gatinho lá de cima





Era uma vez uma gata Arisca que deu cria de seis gatinhos debaixo do chalé onde morava dona Flor. Era uma chalé de madeira bem simples, embaixo tinha um porão, onde a gata Arisca achou abrigo, para amamentar e criar seus filhotes.

Um deles destacava-se dos demais.Era o mais esperto, mamava e já iniciou cedo as suas travessuras. Hora subia num galho de árvore e não sabia descer, começou a miar para a mamãe gata tirá-lo de lá de cima...Lá se vai mamãe gata tirá-lo do sufoco.

Outra hora , mais afoito ,subia no galho mais alto para alcançar o telhado e achava logo uma brecha para entrar no forro da casa.De certo queria aprender cedo a caçar qualquer coisa, mas daí, não sabia retornar,começava a miar”mio, mio, mio!”


D. Flor, já não aguentava áquela tormenta diária, de ouvir tanto miados e nem podia fazer nada, já que a gata Arisca, quando alguém se aproximava, ela pegava um por um na boca e mudava de lugar.


Assim passaram-se os dias, os miados diminuiram e a quantidade de gatinhos também. D Flor só via um, aquele mais sapeca, pensou: “Será que os outros morreram de frio, ou fome?”

Um belo dia de sol, ela avistou uma cena que a comoveu, O gatinho já crescido, miava em cima do telhado , um miado carente. Nisso apareceu mamãe gata Arisca, novamente barriguda, mesmo assim foi laber o seu filhote, com um carinho o abraçou, aconchegou-o num gesto bonito.


Numa noite frienta e chuvosa, esse gatinho deu um trabalho para d Flor...Ele entrou no forro exatamente as seis horas da tarde, na hora que d Flor costumava tomar o seu café ,A mamãe gata não apareceu,deveria estar cuidando da sua nova ninhada . D Flor ouviu longe o miado, depois mais perto, foi certificar se era realmente o gatinho no seu teto, já que o barulho dos relâmpagos e trovões não deixavam ela escutar direito.

 Foi quando o barulho silenciou, a chuva deu uma trégua, ela escutou o desespero do gatinho tentando saír do forro, miava, miava sem parar. As horas se passsaram, nem dormia d Flor, nem o gatinho que naquela altura já estava com o miado rouco.


Ela pensava numa solução, o que fazer? Por um momento não ouviu mais miado, pensou: “Ou ele morreu, ou dormiu! Tomara que ele tenha dormido”.


Quando ela começou a cochilar, já era madrugada, pegou no sono.. Já estava o dia clareando era umas cinco da matina, começou o miado novamente.Ela foi no fundo do quintal, pegou uma escada, colocou bem na entrada de uma parte do forro falso, que dava acesso para o telhado e começou a chamá-lo:


_ venha cá gatinho, venha bebê venha! E ele” mio, mio, mio” vindo na direção dela. Ela meio com medo dele arranhá-la, pegou uma toalha e colocou na direção onde ele iria sair e tornou a chamá-lo...O pobrezinho deu um pulo e desceu apavorado ! Ela com jeito o segurou, abriu a porta e colocou-o no chão e...Foi-se embora, o gatinho de lá de cima. D. Flor acha que ele aprendeu a lição, nunca mais voltou.

           Dora Duarte.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cantiga antiga infantil( a melodia é a mesma do cravo e a rosa)


          Mariana quando for embora
          Escreva lá do caminho
          Se não tiver papel
          Nas asas do passarinho.


                               ******************************************





         Do papo faz o tinteiro
         Do bico pena dourada
         Dos olhos letras miúdas
         Da lingua carta fechada.


            Dora Duarte

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sapatinho de brinquedo



Este foi meu um dia,

Nem lembrava, mas brincava...

Era a minha alegria,

Não sei com que eu troquei

Com a minha primeira irmã

Só sei que ela exibiu, dizendo:

"Este foi teu um dia!"

Hoje ela já se foi...

Nem precisa mais,

Só que deixou um pedido á filha

Guardar para sempre

E eu que o queria novamente

Fiquei sem ação...

Quem sabe um dia talvez,

Eu possa tê-lo e reavê-lo de vez,

Meu sapatinho de estimação.

Dora Duarte

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu ainda não sei rezar




Meu anjinho da guarda venha cá

Sou tão pequenino, não aprendi

A tua oração, ainda não seu rezar.

 

Acompanhe meus passos

Por onde eu andar,

Minhas brincadeiras, meu sono,

Abençoe meu "papá..."

Mamãe, a sua oração

Logo vai me ensinar.



Proteja papai e mamãe,

Faça das suas asas minha sombra,

Para nelas eu descansar.

Dora Duarte

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Crianças da minha terra natal

Por onde andei, vi, ouvi crianças que ainda...



Brincam brincadeiras de rua

Cantam nas calçadas

Brincam de casinha

Nanam bonecas no colo

Tomam banho de chuva...






Também vi coisas erradas...

Um carro de mão empurrado, lá vai

Meninos carregando feira

Por menos de cinco reais

Imagine uma madame

Pechinchando paciente

Comprando quase de tudo

Em pleno sol quente

Derretendo de suor

Um pobre menino inocente.

Pai pilotando moto na estrada

Na traseira duas crianças

Ele com, elas sem capacetes

Meu Deus quanta ignorância!

 
Que contraste meu Deus!!!!

 
Dora Duarte










quinta-feira, 26 de maio de 2011

O PEQUENO CONTADOR DE HISTÓRIAS


Theo é um menino muito inteligente e observador. Desde os primeiros anos de vida, já tinha as suas preferências, tanto musicais, como as historinhas infantis. Portanto, não era um menino como a maioria de crianças da sua idade, não apenas gostava de ouvir, seus pais, avós e tias contar-lhes histórias,mas tudo o que ouvia e gostava, pedia para repetir, contudo ia gravando na sua cabecinha.


Chegou o dia que foi preciso ir para escolinha infantil.Com apenas dois anos de idade, já tinha personalidade ainda imperfeita, mas em formação. Hora gostava de ir, hora fazia birra, mas era preciso, para a sua mãe poder trabalhar.


Na escolinha fez várias amizades, com os amiguinhos e professores. Era peralta, porém com seu jeitinho especial, aos poucos conquistou todos. Com o passar do tempo, já com os seus três anos, tratou logo de fazer o que gostava: dramatizar, gesticular, (isso ninguém o ensinou era próprio dele) e contar as historias que aprendera  ouvir. por sua conta, acrescentava personagens(inventava) . Como era bom e gostoso repetir para os amiguinhos as historinhas preferidas dele!

Theo já com os seus quase cinco anos e seu priminho Pedro de três anos que sempre estavam juntos , brincavam, brigavam, mas se gostavam bastante ,foi e é o seu companheiro, já que os amiguinhos da escola se vêem mais na semana.Quando chega o sábado e domingo, ta lá Pedro com o seu primo.


E nesses dias, o primo serve de ouvinte das suas histórias.


Uma noite, o Pedro foi dormir na casa do Theo, Ele contou história para o primo dormir e depois adormeceu em cima do livro e sonhou...

Era um livro falante, muito colorido e também voava , parecia um gigante e mágico balão. Não só o livro falava, mas as letrinhas também:


__Theo, Pedro, vamos passear? A sua fadinha dos sonhos premiou um passeio a vocês, com uma condição: quando amanhecer o dia, trazer vocês de volta ao seu mundo real.Vamos voar pelo o mundo das histórias imaginárias, fantásticas, vamos Acordem!


Os dois esfregando os olhos, espreguiçando responderam: _ Vamos sim!

__Então, subam em cima de mim, disse o livro.


Subiram os dois, as letrinhas disseram:


__Ei tira esse bumbum de cima de mim!!! Vão para página seguinte, lá tem um sofá inflável e confortável , vão para lá...Havia um telão na sala onde os dois estavam sentados no sofá, as letrinhas faziam shows, formando um balé A, E, I, O, U...


Ou o alfabeto todo, formando palavrinhas para que eles pudessem aprender.


Voavam, voavam..Todos cantavam cantigas infantis e àquela que Theo mais gostava eram o que elas mais repetiam...


& "Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado..."

Em meio aos sorrisos e cantigas os dois viram coisas fantásticas,!Países e Cidadezinhas onde se passavam as várias histórias que tinham escutado contar . O livro e as letrinhas iam narrando...


_ Primeiro vou mostrar os encantos das histórias brasileiras, floresta amazônica, onde têm muitas lendas que os os indiozinhos curumins gostam de ouvir...Têm o sítio do pica-pau, o castelo ratimbum... Mostrou tudo ...Theo e o Pedro ficaram encantados.


Voaram sobre a Disney: o livro disse _Esse é o castelo da Cinderela, mais na frente a floresta onde moram Branca de Neve e os sete anões, mais adiante a fábrica de brinquedos Toy Story...

Agora vou fazer um vôo rasante para vocês vêem de perto a casa da bruxa.

O Theo gritou:

_cuidadooooooooo, para não derrubar a gente na casa dela!


Lá estava a bruxa do lado de fora com um sorriso desdentado disse: __só não vou voar atrás de vocês , porque estou com a minha vassoura quebrada, mas logo que eu consertar o cabo, vou atrás de vocês crianças!


_Aiiiiiiii, Uiiiiiiii gritaram Theo e o Pedro, estiraram a língua para a bruxa, deram tchau



Voaram mais e mais, viram o vovozinho na sua casa consertando uma perna do Pinóquio...Advinha quem chegou em seguida? A bruxa! Que passou a perseguir o livro, as letrinhas, Theo e Pedro. Todos lugares que iam, lá estava a bruxa a todo vapor

Voaram sobre a casa dos três porquinhos,a bruxa :--he he he que vontade de comer um torresmo! O Theo gritou: Como vai comer torresmo faltando dentes para mastigar!_ espera aí seu menino mal-criado, vou puxar você desse livro e pendurá-lo de cabeça para baixo!

Sobrevoaram a casa da vovozinha do chapeuzinho vermelho...


Mas,o livro como havia prometido a fada... Estava na hora de voltar, amanhecia o dia. Durante a volta o livro fez mais um vôo rasante sobre o estádio de futebol do time favorito,do Theo, o gramado muito verde,mas os jogadores estavam dormindo.
 Agora era a hora da chegada, conforme o combinado,a fada dos sonhos já estava esperando no jardim da prédio onde o Theo morava, para devolvê -los ás suas caminhas.Os meninos adoraram ,deram até logo ao livro e as letrinhas, agradeceram pelo o mais belo passeio, prometeram logo quando aprenderem a ler, estar sempre em contato com o livro e as letrinhas.
 
O Theo acordou rindo muito e a mãe perguntou a ele:


___ Por que estar sorrindo assim tanto meu filho, logo ao acordar? O que foi?
__Ah, até posso contar, não sei se foi um sonho, ou real, só sei que foi assim...


___ Ih Theo lá vem você com suas historinhas...



                    Dora Duarte









terça-feira, 17 de maio de 2011

Brincadeiras de infância



Cadê que não vejo mais?
Brincadeiras de roda,
Na calçada: de amarelinha
De pião, de pula corda.


De bola de gude, pega, pega
Esconde, esconde,não se ver...
Hoje é jogos eletrônicos,
Brinquedos biônicos
Passeios em shoppings,
Outras brincadeiras cadê?

Eram sadias,
Brincava-se com alegria
Elas não deviam morrer...

Mesmo com toda insegurança
Desses tempos modernos
Pode-se brincar em quintais,
Criança é sempre criança.
Dora Duarte

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dia das Mães


Todo dia é o dia das mães
Mas hoje é tão especial
Saúdo a minha mãezinha
No meu ver não existe outra igual

Ela é o meu amor maior
Ela mora em meu coração
Por causa de ti ó mamãe
Eu canto esta doce canção.

Refrão:
Mamãe é a estrela que brilha
Em nossa família, é nosso tesouro
Ela é a estrela que brilha
Em nossa família, coração de ouro.. Bis

( minha primeira composição, música e letra)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A princesa e a porquinha cor-de-rosa



Era uma vez... Numa Vila de casinhas quase todas iguais, morava ali um jovem casal; a mulher sonhava ter uma filha e criar como uma princesa, mesmo que não fosse filha de rainha nem rei. A jovem senhora adorava a cor rosa e desejava que tudo da filha ,fosse a cor-de rosa.Para o marido o que viesse estava satisfeito.
Planejou a vinda da pequena criaturinha, e se viesse um menino? Tudo bem, mas o seu desejo, ela acreditava seria cumprido. Engravidou, logo em poucos meses ficou sabendo que viria uma menina. Começou os preparativos, quartinho todo decorado de cor rosa: Cortinas? Rosa, paredes? Rosa, enfeites? Cor-de-rosa apenas mudavam os tons. Até a casa pediu ao marido para pintá-la de? Rosa bem clarinho.

A vizinhança, ora criticava, ora elogiava o exagero de tanta cor rosa. Mas não é que a maioria teve a feliz idéia também!
Pintaram as casas, mas de cores diferentes. A rua ficou linda toda multicor. Todos os moradores pareciam recepcionar á chegada daquele bebê.

Passado alguns meses, finalmente nasceu uma linda menina que recebeu o nome de” Cynthia- Rose” .Que significa “Rosa Brilhante” A mãe e os demais passaram á chamá-la carinhosamente de pequenina princesa e a menina foi crescendo cheia de mimos, muito afeto e atenção. A mãe comprava lindos vestidos, laços, enfeites para seus cabelos castanhos cacheados, tênis e até os brinquedos tudo cor de rosa. No jardim da casa, a mãe plantou um canteiro de rosas também da mesma cor, era fascinante, só contrastava com o verde das folhas e da grama.
Com o tempo, a princesinha Cynthia Rose já com seus cinco aninhos, foi sentindo a necessidade, de ter uma companhia, claro tinha os amiguinhos da rua, mas ela queria um bichinho de estimação.

Foram os três a passeio ao Sítio dos seus avós, lá chegando foram recebidos com muita alegria, agora mais ainda pois os avós não a conheciam ainda netinha. Seu avô criava patos, galinhas, porcos e até uma vaquinha de leite, mas, o que mais chamou atenção da menina foi, os filhotes de uma porca gigante que tinha acabado de dá cria. Ela ficou encantada, deslumbrada, achou lindos e rosa como a cor que acostumara desde pequenina a enxergar em sua volta. Tratou logo primeiro de pedir ao seu avô, mas esse lhe disse que dependia dos pais dela deixar, mas que depressa ela correu eufórica falando alto:
-papai, mamãe quero levar uma porquinha para mim!
-mas minha filha, como é que vamos criar uma porca na Vila? Cidade grande é diferente, não podemos ter chiqueiro e também dá mal-cheiro...
-Mas minha mãe, eu não vou criar a porquinha num chiqueiro e sim em um cercadinho dentro de casa, daí vez em quando eu levo ela no quintal para ela fazer o que bem quiser.
- Querida, Porco não se cria dentro de casa, você não prefere um cãozinho, ou mesmo um gatinho mimoso?
-Mamãe, eu mesmo cuido, gosto de outros animais, mas prefiro a porquinha!
-Tudo bem , vou combinar com o seu pai. Para á alegria da menina, o pai concordou e foram eles de regresso á cidade.

A porquinha chiando dentro de uma cesta de palha e a Cynthia Rose conversando como se ela entendesse, mandando-a calar boca.
E assim chegando em casa pediu para o pai fazer um cercadinho para colocá-la. E disse: -voudar um nome á ela Rosalinda, vou dar banho todos os dias para ela ficar bem limpinha e cheirosa, vou escovar os seus dentinhos, suas patinhas e colocar um laço de fita no seu pescoço. Os pais riram daquela conversa da filha.

Logo a porquinha Rosalinda estava mal-acostumada com tanta dedicação, mas o extinto animal falava mais alto, já andava por todo o quintal. Quando chovia ela emporcalhava-se toda, mas que depressa a pequena princesa lá ia dar banho novamente, nova escovação e com isto mais trabalho .
Passaram-se os meses a Rosalinda cresceu e começou as dificuldades de mantê-la limpa, além do mais tinha engordado tanto de tal maneira que dificultava de ser bem cuidada. Sendo assim, seus pais convenceu a menina que tinha que levar a porquinha de volta para o sítio. Cynthia Rose tristonha entendeu que cada bichinho tem o seu lugar adequado
Voltando para casa...
-Filhinha, não fique assim, peça outro bichinho que arranjamos para você!
-Tá bem, então vou pensar...E foi pensando, pensando...
-Ah quero um bichinho mais companheiro. Sim uma gatinha, ela não gosta de banho, mas faz sua higiene com a língua e está sempre limpinha , vou colocar um laço cor rosa e vou colocar o nome de Rosita.
E assim, ela com os olhinhos marejados de lágrimas de saudade da Rosalinda que tinha ficado para trás, ia fazendo outros planos com a nova companheira que iria ganhar.


Fim.

* nota: contar para as crianças, pedindo para elas contarem e repetirem a palavra “Rosa” total da palavra “rosa” :10

domingo, 17 de abril de 2011

Menino pobre



Era muito pobre o menino,
Nenhum brinquedo tinha,
Mas brincava satisfeito,
Com um carrinho feito
De uma lata de sardinha.

Um dia o menino sonhou,
Que seu sonho buzinou,
Era a sua paixão nata,
Ganhar um ônibus de lata.

Já tinha o visto na estrada
Um de verdade rodando
No meio da poeirada
Ele ficava acordado sonhando.

Seu tio tinha ido para o sul,
Um dia quando retornou,
Trouxe o tal ônibus de presente,
Para o sobrinho sonhador,
Com o rosto sorridente
O menino alegre ficou..

Criou sua própria estrada,
Nem crescido deixou de brincar
Com o tempo o ônibus enferrujou,
Nem assim o abandonou,
Numa prateleira do seu quarto está.

Dora Duarte
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