Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

Coisas de Criança é...Brincar
Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

domingo, 28 de abril de 2013

Conversa de Criança



Conversa de criança

Situação:  flagrantes de  diálogos entre uma menina aparentando 6 anos e o menino 5 anos .

Estávamos  aguardando na plateia para assistir a encenação da Campanha da Fraternidade, cujo tema era sobre os jovens e Paixão de Cristo atrás de mim, duas crianças inquietas e muito conversadoras.

No palco, a equipe montando as últimas partes do cenário de portas e sacadas. Os dois:

 O menino-  :Veja, veja a casinha do lobo mau e de Jesus!

A menina:  : Não, é a casinha  da vovó e do lobo, a casinha de Jesus é invisível!

 

Quando começou o espetáculo eles já estavam impacientes, conversavam muito, mas por causa dos ruídos,eu escutava  uma frase aqui, outra ali.

Começou a encenação, ouve um quadro sobre os jovens do AT, trechos da bíblia.

Duas mulheres disputando uma criança e vão até o Imperador para ele resolver a questão. Ele pra finalizar a discussão das duas, quem fica com a criança ? Ameaça parti-la ao meio.

Os dois prestando atenção,  horrorizados pergunta a mãe:

O Imperador vai partir a criança de verdade?!  A mãe:

Preste atenção ao invés de fazer pergunta. Um deles disse:

─Agora não,mas, pode ter acontecido de verdade.

Outra cena: Um voz chamando Samuel por várias vezes e ele se levanta do leito:”chamou meu pai?” A menina:

Que fantasma chato, chama e some!!!!

Por fim, a cena da crucificação: Jesus sendo pregado na cruz, gritando de dor, o sangue escorrendo na túnica branca. O menino...

É sangue, mas não é de gente, é de galinha!  A menina:

Não é sangue de nada, e molho pomarola.!!!

 

Alguém deve ter falado  à ela antes, para não assustar

 

              Dora Duarte

 

 

sábado, 20 de abril de 2013

Competividade


 
 
De tanto brigarem pela boneca

 Deixaram a pobrezinha quase rasgada

Depois a bola, hora abandonada,

Brincaram também com a peteca...

O tempo passou...

Nem  pela boneca

 Nem pela bola,

 Nem pela peteca

 Não mais brigaram

Agora a disputa é,..

Pelo computador.

                      Dora Duarte
reeleitura da poesia "A Boneca"de Olavo Bilac

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Olha o pirulito!

                                           
                                                
 O  lha o pirulito!
Gritava o menino pela rua
Hoje não se vê mais
Nem pirulito, nem grito,
Nem caramelo na panela
Nem pra vender, nem pra dar...
Ninguém mais faz,
Só na memória do tempo
Tempo que não volta mais.

                                             Dora Duarte


terça-feira, 2 de abril de 2013

A Menina que queria o Sol (conto)

                                                                       imagem do google

             A menina que queria o Sol

Isabele, cansada de tanto ver chover, sem chance de brincar, pois sua mãe sempre falava “brincar lá fora só com dia de sol”. Ela não se conformava de ver seu belo jardim pela janela do seu quarto, ver as goteiras fortes sem poder sair, andar de bicicleta, brincar com seu cãozinho Tofer.

Já estava enjoada de ficar dentro de casa após ás aulas; brincava de bonecas, desenhava e o tempo chuvoso, nem um raiozinho de sol. Ela perguntou à sua mãe:

Mamãe, por que o sol não vem, onde ele está que não dar as caras, estou de saco cheio de tanta chuva?

Isabele minha filha, não fale assim da chuva, faz parte da natureza, chover para as plantas, árvores, hortas, para produção de grãos, o alimento nosso de cada dia ,a florada e termos água no solo.

Mas, tantos dias assim? Eu quero sooooooooooool !!!!.

Tenha paciência, logo ele vai  aparece r por aqui.

Passou dias e mais dias de muita chuva e temporal, triste Isabele começou a desenhar o sol de tudo o que é maneira: carrancudo, dormindo, sorrindo... E foi colando na parede do seu quarto.

A sua mãe quando viu os desenhos ficou encantada e elogiou a filha:

Que lindo Isabele, quem sabe assim o sol fica contente e dar o ar da graça de aparecer.

Com isso, foi se alegrando, vendo a sua obra de arte se expandir. Imaginava que assim podia matar o tempo e aconteceu mesmo.

Numa manhã de sábado, acordou com o canto dos passarinhos na ameixeira junto a sua janela, abriu seus  olhos  de brechinhas, lentamente , sentiu o os raios de sol no seu rosto, abriu um belo sorriso e agradeceu a Deus pelo aquele belo amanhecer, percebeu então, as primeiras flores daquela árvore que dava fruto e agradeceu também pela chuva causadora de brotar o verde no seu jardim.

E chuva você também é bem vinda, mas não com muito exagero.

Dora Duarte

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