Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

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Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A cadelinha sem noção




A Fadinha é uma cadelinha vira lata que eu tenho há quase três anos, adotei ela com quarenta dias. Ela parece uma colie em miniatura, tipo Lassie, peluda, mesclada de marrrom e branco, bem baixinha, mas muito esperta, fujona, adora fugir para se encontrar com a “gang” dela, sim uma gang. Do jeito que existe nos humanos, os cachorros de rua também forma-se em grupo, para vadiar na rua. Corre rua acima, rua abaixo, mexendo com quem ta preso no quintal, atrás do muro, destruindo sacolas de lixo, principalmente á noite.

Pensam que não a prendo ? Nem adianta, os “amiguinhos” da rua vem, força o portão, ajudam ela fugir e vão gandaiar. O pior é que os cães que estão presos arrumam um fuzuê que só vendo.

Certo dia, precisei passar uma semana fora de casa, deixei uma chave com a minha vizinha como de costume; sempre que eu preciso, ela toma conta da casa coloca ração para Fadinha e paiço para o meu periquitoTuim.

Fui e deixei um telefone para contato, caso houvesse uma emergência, nunca foi preciso ela ligar, mas desta vez...Ela narrou—me pelo telefone que desde o dia que viajei, não viu mais a Fadinha. Abriu a casa para arejar, colocou comida para o Tuim, ração para ela... No dia seguinte, o comedouro e bebedouro cheio e nada da Fadinha dar as caras. Foi na rua, olhou e nada da Fadinha!

Isto passou, segunda, terça e foi na quarta-feira que ela ouviu um ruído, um pequeno barulho no meu quarto, deixei ele fechado e levei a chave comigo. Fiquei desesperada, já pensei no pior: ela destruir tudo, minhas bonecas de estimação, mantas, cobertores, ter feito suas necessidades fisiológicas, o quarto estar num fedor só...Jamais poderia imaginar que ela havia se escondido debaixo da cama.

A sorte que eu tinha uma cópia da chave guardada, nem lembrava aonde, a minha vizinha foi quem procurou. Quando abriu, A Fadinha saiu que nem um foguete, foi comer primeiro? Não! Correu para o quintal, fez xixi e cocô a vontade por todo canto , depois lambeu os pés da vizinha como que agradecida, daí é que foi comer e beber água.

E o quarto como estava? Impecável!
Quando eu voltei de viagem, foi que olhei bem, por baixo da minha cama, achei uma bonequinha preta de pano e um macaquinho de pelúcia lilás, Certamente foi para lhe fazer companhia, ou carência?

Ela pegou essa mania de se esconder debaixo da minha cama, com medo de fogos e trovões, mas sempre eu tocando ela de lá. De uma coisa tenho certeza, acho que a lição lhe serviu, de lá pra cá, não entrou mais no meu quarto.

Dora Duarte

Um comentário:

RECANTO DOS AUTORES disse...

Dora,sua Fadinha é muito lindinha e levada!A minha vc conheceu...rsss...também não para quieta!Acho que é esse nome!Bjs,

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